ESSENTIA lança no próximo dia 8 de julho pelas 18 horas a 3ª Edição do PENSAR LISBOA
Agora em formato de webinar, devido à limitação do formato anterior de fórum de reflexão "cara a cara", o foco é o mesmo e é reforçado:
QUAL A CIDADE QUE VISIONAMOS?
A história da cidade foi visivelmente marcada pelo terramoto que, na manhã de 1 de novembro de 1755, destruiu quase completamente a velha cidade de Lisboa que então vivia os restos da sua opulência. O Marquês de Pombal declarou um regresso à "simplicidade antiga", e assim aconteceu, de uma forma que a linguagem arquitetónica se materializou, tornando Lisboa a última das cidades antigas e a primeira das cidades modernas.
De uma forma muito mais subtil, invisível e imaterial, mas não menos poderosa, a pandemia de Covid-19 está a revelar uma nova era para as cidades. Se as cidades são as pessoas em proximidade física e afetiva, então são as cidades que estão em jogo quando a ordem é para manter a distância. Não há risco de extinção, mas sim uma oportunidade de metamorfose. O momento é propício para repensar as cidades, ajudá-las a deixar o casulo e emergir de forma diferente. Lisboa pode abrir novamente o caminho.
Em todo o mundo ouvimos falar de todas estas “tomadas” idealistas. As cidades tornar-se-ão num passo de mágica, verdes e milagrosamente saudáveis. Livres de automóveis. Sem poluição atmosférica. Oferta de novas vias para bicicletas. A realidade é que as cidades vão ser muito parecidas com o que foram. Vão ser algo como o que vemos hoje, com algumas mudanças subtis. A sensibilidade dessas mudanças invisíveis fará a diferença.
Ser visto e reconhecido é crucial para a experiência humana; a visibilidade social é vital para a nossa felicidade, e quando esta diminui, nós sofremos. Todos nós queremos ser reconhecidos. O olhar é vital para a ligação humana. Faz sentido que as palavras usadas numa relação romântica sejam "estamos a ver-nos um ao outro". Vivemos para ver e ser vistos. No entanto, ainda fechamos os olhos para beijar, para saborear, para ouvir, para sentir algo profundamente. O poder do invisível pode ser igualmente essencial.
A transformação está a acontecer, novos comportamentos, novas prioridades, critérios e valores. Um acelerador global foi introduzido nas transformações já em curso e todos os dias surgem novos desafios, mas...
A velocidade necessária da resposta não deve impedir uma reflexão multidisciplinar. A oportunidade única que este momento oferece pode construir uma resposta que transforme o estilo de vida atual e das gerações futuras.
Agenda:
18:00 Abertura por José Gil Duarte - Introdução ao tema: QUE CIDADE VISIONAMOS?
18:15 Primeira questão: Como podemos tornar a cidade mais humana para viver, estudar, trabalhar, para compras e diversão?
18:45 Segunda questão: Quem vai conseguir fazê-lo? Qual é o papel da co-criação pública/privada?
19:15 Terceira questão: Que acções imediatas e futuras respondem às novas necessidades das gerações actuais e futuras?
19:45 Debate e encerramento
Valorizamos a sua contribuição, acreditamos que a inteligência humana é ainda o melhor ingrediente para moldar o futuro.
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